É de 2007 um dos filmes brasileiros mais bonitos que já vi: “O Maior Amor do Mundo”, de Cacá Diegues, com José Wilker no papel principal. Duro, profundo, tocante. Lembro-me desse filme agora, na entrada de 2013, quando tenho pensado muito no amor e no seu contrário, o desamor.
Tenho a triste impressão de que o mundo está pior a cada dia. Não sei dizer se está pior agora para melhorar depois. Talvez até esteja melhor que no passado, e meu nível de exigência é que se elevou. Realmente não sei. O fato é que não acho o mundo bom. Falta amor.
Não. Não me atrevo a definir amor neste mísero blog. Acho isso dispensável, pois nutro a esperança de que meus leitores tenham uma idéia bastante parecida com a minha do que é o amor. Então, devem me compreender quando digo que neste mundo falta amor.
Alguns milhões (ou seriam bilhões?) de amantes não me convencem. Sexo, poder, estabilidade, entre outras vantagens pessoais, podem até confundir os incautos, mas não os considero amor. Romances costumam durar pouco e conviver muito com o fantasma da traição. Maior amor do mundo este? Improvável.
As canções, os poemas, as narrativas seduzem, mas não garantem nada. Ao contrário, iludem.
O que resta?
Ações humanitárias? Pode ser. Mães generosas? Pode ser. Amigos leais? Também pode ser.
O planeta seria inviável sem os poucos milhares de abnegados que se sacrificam pelos mais necessitados – seja material, seja espiritualmente.
Exceto pelas negligentes e homicidas, claras exceções à regra, as mães são exemplo de amor incondicional.
Amigos… Ora, sem eles, não haveria alegria! Mesmo familiares e amantes, para se relacionarem bem, precisam ser amigos antes de tudo.
Em “O Maior Amor do Mundo”, há uma pista sobre qual seria o maior amor do mundo, mas não pretendo revelá-la aqui. Nem mesmo antecipo se concordo com ele. Apenas recomendo o filme. Vale a pena assisti-lo com atenção. Seja como for, de onde e de quem vier, que haja mais amor! Feliz 2013.