O óbvio salta à vista e, às vezes, a gente não o vê. Outro dia, dei-me conta de que muitos amigos não lêem meu blog. São amigos íntimos, de convívio constante. Para não parecer que eu os estava cobrando, preferi não lhes perguntar por quê. Tirei minhas próprias conclusões. Uma delas: falta de tempo. Outra: desinteresse mesmo. O que escrevo não os toca. Ponto. Simples assim.
Juro que não fiquei triste com essas conclusões. Por que deveria? No meu cotidiano, também falta tempo, e nem tudo o que meus amigos fazem, falam ou escrevem me interessa. Não há motivo, portanto, para eu exigir deles que prestigiem este blog ou qualquer outra obra de minha autoria. Sinto-me realmente bem pensando assim. De qualquer forma, ter-me dado conta disso levou-me a uma indagação: quem são meus leitores e leitoras?
Creio ter um público diminuto, mas heterogêneo. Suspeito de que esse público varie conforme o texto. Possivelmente, há leitores e leitoras que entram no blog uma vez e não retornam mais. Acredito não ter público cativo — exceto, claro, minha mãe e um ou outro amigo. Quantos seriam? Dois, três, dez, vinte no máximo. Daí eu ter alterado o nome do blog de “Concorda ou sem Corda?” para “O blog menos lido do mundo”. Realmente acredito que este blog esteja entre os menos lidos do planeta.
Além de refletir, ainda que precariamente, sobre quem pode ser meu público, meditei sobre um possível leitor imaginário. Não queria acreditar que eu não tivesse alguém em mente ao escrever estes posts. Cheguei à conclusão de que tenho um público-alvo mais ou menos definido (enfatizo o mais ou menos): pessoas com certo grau de instrução, mas não necessariamente ilustradas, cult, como se diz.
Um ou outro intelectual pode apreciar um post meu, mas não creio que se converta em leitor assíduo de minhas publicações. Para muitos deles, não ofereço novidades. Para outros tantos, os temas que abordo não lhes interessam. Isso não quer dizer, claro, que alguns não apreciem este ou aquele texto do blog.
Creio que meu leitor e minha leitora desconhecidos, a quem destino algumas palavras periodicamente, são simples, sinceros, práticos, de mente aberta e jovens ou joviais. Não me parecem afeitos a polêmicas, pois raramente me contradizem. São críticos, mas não a ponto de me fazer exigências. Têm boa vontade comigo. Em outras palavras, são cordiais, simpáticos. Nada têm de blasé, de pernóstico, de competitivo. Se eu estiver certo, serei um blogueiro feliz.
Siga escrevendo e ponto final. Eu mesmo, leio sempre que posso!
Feliz e honrado em saber disso, Mario!
Oi Lu gosto muito como escreves, acho q sou a leitora que lê quando algo me interessa. Estou por aki, acho q não e a primeira vez q comento algo. Mas as vezes só leio. Continue, quem te segue não te deixa. Bjinhus
Valeu, Jana! Vc é uma querida mesmo!
Parabéns pelo seu blog Sr. Milhomem! É sempre bom poder ler seus textos.
Abraço!
Valeu, Marra!